SINFONIA DOS RELACIONAMENTOS

       Ao criar uma sinfonia, o compositor determina por onde o discurso principal da obra irá navegar. Quais serão os naipes a serem utilizados para determinados momentos. Não há um solista, a não ser em breves momentos de destaque. Podemos dizer que a sinfonia é uma forma musical baseada em equipes. Equipe das cordas, da madeiras, dos metais, e das percussões. O relacionamento entre essas equipes faz a música acontecer. O relacionamento dentro de cada equipe resulta no detalhamento do processo sonoro e na afinação do resultado final. O maestro condutor do processo todo, tem que fazer valer e acontecer a proposta do compositor. Para isso ele delega, a todos os participantes da orquestra, a partitura que deve ser executada, pressupondo que quem está alí tem a competência necessária para realizar a tarefa. Assim serão tocados todos os movimentos que compõem a obra.
       Muito se fala na metáfora que existe entre uma orquestra e a empresa.  Há, porém, uma diferença fundamental: A música, produto da orquestra é imediata e audível por todos os músicos integrantes, maestro e platéia. Na empresa nem sempre é possível ouvir a "música" dos processos e  procedimentos. Analisamos a  " sinfonia empresarial" pelos resultados e pelos relacionamentos interpessoais que exprimem o climax reinante no ambiente de trabalho. Quem ouve a música empresarial é o cliente quando necessita do produto e faz sua opção de compra, os funcionários quando executam suas tarefas diárias e os gestores quando atingem suas metas.
      Uma sinfonia de relacionamentos acontece quando se permite que cada pessoa seja considerada e respeitada dentro de sua função no processo corporativo e a empresa lhe ofereça suporte para que execute sua partitura na melhor performance possível.
       O maestro corporativo, além dos gestos e do ouvido aprimorado, tem que perceber o movimneto, o tempo e a satisfação dos integrantes de sua orquestra no cotidiano de trabalho. Coisa que nem sempre acontece na orquestra musical.